Durante a pandemia CEO’s precisaram ativar algo que jamais haviam precisado antes a capacidade de
“GESTÃO DA VULNERABILIDADE”
Vivemos atualmente em um mercado instável e imprevisível, isso fez com que organizações e lideranças reconhecessem suas próprias vulnerabilidades para conquistar e (re)estabelecer conexões mais verdadeiras, mais humanas.
Ao compreender isso, líderes empresariais, devem acessar “a força da vulnerabilidade” pois neste momento os vínculos se tornam mais estreitos e genuínos criando uma rede (líderes, colaboradores, clientes e fornecedores) mais consistente e fidelizada.
A vulnerabilidade se mostra a nova força de bem estar e produtividade dentro das estratégias de gestão de equipes e marketing. E como as vulnerabilidades de um negócio ajudam na revisão dos planos futuros? Quais são as boas práticas da liderança que aumentem o engajamento das pessoas? Quais valores podem nascer na empresa e entre os executivos a partir da vulnerabilidade? Quais são os maiores aprendizados que a pandemia levou para a vida dos CEOs?
De acordo com o psicólogo clínico e empresarial, Renato Spomberg, sócio-fundador do Redespertar Humano – Fórum de Líderes, é importante lembrar que a Revolução Industrial trouxe como mudança no paradigma vigente a questão da produtividade, da certeza, da previsibilidade, da mensuração, da repetição, do operacional, dos processos e do resultado final. Ou seja, a certeza, o racional e a previsibilidade eram os valores fundamentais.
“A partir deste momento, passou a ser necessário, aprender a lidar com as incertezas, inseguranças, medos, ansiedades e as emoções. Partindo deste princípio, a intuição, as probabilidades passam a fazer parte dos planos futuros, pensando “fora da caixa” de uma maneira inovadora e sem regras e fórmulas”.
BOAS PRÁTICAS DA LIDERANÇA
Ok, temos nossas vulnerabilidades, mas quais são as boas práticas da liderança que aumentem o engajamento das pessoas?
O engajamento se dará através do diálogo verdadeiro, do interesse real pelas pessoas e do autoconhecimento que passa a ser uma prática fundamental e necessária, no sentindo de ser fundamental e essencial para que o líder aprenda lidar consigo, com o outro e com os outros.
“Estou falando do bem-estar psicológico que as pessoas precisarão viver dentro das organizações e o cuidado com as emoções será fundamental para a produtividade. Ou seja, o líder vai precisar cuidar de suas questões emocionais e afetivas, bem como apoiar as pessoas a cuidarem das suas. Sem isso, a organização estará fadada ao fracasso. Medo e raiva, no sentido psicológico, são emoções que deverão ser monitoradas pelos líderes e gestores, pois elas boicotam e atrapalham a produtividade”, explica Renato Spomberg.
E quais valores podem nascer na empresa e entre os executivos a partir da vulnerabilidade? De acordo com Renato, provavelmente e certamente serão valores como: compaixão, generosidade, empatia, colaboração, respeito, ética e gratidão. E os líderes precisarão trabalhar o significado, o sentido e o propósito da organização em sintonia com os das pessoas que nelas trabalham. Sem isso, a empresa não prosperará.
Tantas mudanças geradas pela pandemia de Covid-19 nos últimos tempos trouxeram também grandesaprendizados na vida dos líderes empresariais?
“Somente o tempo dirá, na prática. Porém, alguns pontos são definitivos: a constante incerteza, a impermanência das coisas, a vulnerabilidade das pessoas e aprender a praticar a escuta ativa e a comunicação não violenta. Desta forma, o medo não fará parte da cultura daquela organização e as pessoas poderão dar ideias e se sentirem mais engajadas nas tomadas de decisão. Os líderes, por sua vez, precisarão estimular e escutar as pessoas a falarem e não reprimirem quando elas se colocarem e se posicionarem. Pois a cultura do medo e da raiva precisa terminar para as boas práticas surgem neste novo momento”, finaliza Renato Spomberg, sócio-fundador do fórum de líderes.
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